O Segredo do Cristianismo
F.R.F
Membro da The Masonic Study Society Londres
Um dia, parte da nobreza judaica e judeus piedosos se revoltaram contra Roma e contra seus próprios irmãos,e Israel foi varrido do mapa, jamais houve outro Templo e Jerusalém chamou-se Paz. O Messias que esperavam nunca lhes veio em socorro. Foram mártires e santos, líderes e heróis, bandidos e loucos ante o olhar crítico da História, olhar muitas vezes pouco isento de tendências e inclinações religiosas.Das cinzas,absorveu o gênio Grego a fé mais pura do mundo antigo, adaptando-a ao pensamento ocidental con-tinuamente sepultando a sua origem. Mas não enterravam mortos; plantavam sementes...
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Quão desigual é o conhecimento entre os homens! Todavia assim sempre o foi, e é na ausência do saber que nasce e prolifera a crença. Muitos vivem sem jamais adquirir compreensão de qualquer verdade, e em escala maior, aqueles nascidos em continentes ou países pouco desenvolvidos, onde é fértil a pobreza intelectual, cimentada pela ausência de instituições de cultura e pesquisa na vida dessas populações, também a luta pela sobrevivência de muitos e a luta pelo bem estar próprio de poucos, tornam ambos, seres práticos, com pouca afeição à riqueza do pensamento. Em todas as épocas, o estudo filosófico especulativo constituiu para o ser humano, a busca de respostas às suas mais inquietantes inquirições, e mesmo que sejam íntimas e pessoais, não deixam de ser universais. O homem reflexivo busca sempre saber mais e isto vivifica o espírito e o expande, faz desenvolver um pensamento independente e crítico que se pode ter como norte. Muitas das respostas que buscamos, nos vem da herança de tradições familiares, escolares e sociais, são ensinamentos primários que a formação posterior passa a contestar, com maior ênfase no homem filosófico, que no prático, mas a expectativa de um bem que se deseja, muitas vezes dificulta ou impede a sua realização. Bertrand Russell em suas reflexões escreveu: “ O homem de ciência e o filósofo, quaisquer que sejam suas esperanças, deve pô-las de lado, enquanto estuda a natureza de um fato, para realizar a verdade."
Estudar a natureza de um fato não é próprio do homem comum, falta-lhe na vida a oportunidade desta realização, frágil, ele é facilmente levado à crença, muitas vezes por mãos e mentes sábias. Basílio de Cesaréa, doutor da Igreja Primitiva escrevia no ano 350 DC : " Recebemos os dogmas que nos foram transmitidos por escrito e aqueles que vieram sob o véu e o mistério de uma tradição oral. O que é proibido aos não iniciados contemplar, não convém escrever nem espalhar ao público...É por isso que muitas coisas tem sido transmitidas sem escritura entre nós, pelo receio de que o homem vulgar já familiarizados com a nossa crença, não a venha a desprezar.
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